tag:blogger.com,1999:blog-38445551.post5691685190413165188..comments2023-09-23T15:43:47.704-03:00Comments on Retratos por escrito: Sutilezas causais - parte 3Andréhttp://www.blogger.com/profile/05772825173501715058noreply@blogger.comBlogger5125tag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-53079185644148020402011-11-24T15:42:35.604-02:002011-11-24T15:42:35.604-02:00André,
Um dia, há algum tempo, eu lhe disse que n...André,<br /><br />Um dia, há algum tempo, eu lhe disse que nutria uma ideia sobre liberdade e que era limítrofe entre determinismo e responsabilidade humana. E, olha, o que eu pensava, sem conseguir colocar em palavras, ou concatenar ideias, era algo mais ou menos como você colocou aí nos comentários para o Osmar.<br /><br />Só agora li e gostei muito. Ordene mais os seus pensamentos, pois está sendo muito salutar, pelo menos para mim.<br /><br />RicardoRicardo Mamedeshttps://www.blogger.com/profile/04920262586519321420noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-3139273494909889312011-09-13T14:07:25.823-03:002011-09-13T14:07:25.823-03:00Caro Osmar, já que você mesmo afirma (e eu concord...Caro Osmar, já que você mesmo afirma (e eu concordo) não ter entendido o que eu disse, vou mudar de estratégia. Na verdade, você não foi o único que não entendeu alguma coisa do que andei dizendo sobre esse tema. Tive e estou tendo conversas em torno disso não só aqui no blog, mas também em outros lugares. Estou planejando uma postagem (ou mais de uma) que responda, da maneira mais didática possível, às dúvidas e objeções de todos. Seus comentários são interessantes e pretendo inclui-los nisso. Apenas peço de sua parte um pouco de paciência até que o resultado seja publicado. Até porque os feedbacks ainda não pararam de chegar.<br /><br />Além disso, continue acompanhando o Tamos Lendo!, onde devo continuar comentando o livro de Wright - ao qual, aliás, tenho a fazer mais elogios que críticas.<br /><br />Abraços, e até logo!Andréhttps://www.blogger.com/profile/05772825173501715058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-3110590719371343832011-09-13T10:25:58.928-03:002011-09-13T10:25:58.928-03:00Bom dia André!
Primeiramente, obrigado por corrig...Bom dia André!<br /><br />Primeiramente, obrigado por corrigir-me sobre a distinção entre resenha e comentários pontuais. Não tenho certeza (faz alguns meses, mais de ano, que li o livro do Wright, e estou sem ele agora) mas você parece ter razão sobre ele não colocar a questão principal, considerada assim por mim, da forma direta como fiz na pergunta, ou seja, provavelmente foi uma inferência minha da leitura do livro e não propriamente uma questão abordada de forma incisiva e direta por ele. Confesso que não entendi a sua resposta e não captei a solidez da sua contestação e continuo concordando com o Wright que o Decreto de Deus determina todos os eventos e acrescento que a sustentação contínua da realidade por Deus realiza o cumprimento do Seu propósito (vejo complementação e não incompatibilidade com a posição do Wright). Deus determina e garante o cumprimento da sua vontade, manifestando assim, a meu ver, os atributos da Onisciência e Onipotência: todos os eventos são determinados por Deus, Ele é a causa primeira de todas as coisas e não existe causa secundária alheia ao Seu Decreto e controle (daí sua Onisciência - todos os eventos são conhecidos por Deus porque foram determinados por Deus), e Deus controla e sustenta a realidade, momento a momento (daí sua Onipotência - somente ocorrem ou existem aquilo que é sustentado por Deus, sejam nossos pensamentos ou as leis fundamentais do universo). Aqui é que concordo contigo sobre a existência de mistérios: como é possível a existência de uma realidade distinta mas dependente de Deus? Eu sei que é assim, a Bíblia me diz que é assim, mas não sei COMO pode ser assim! Talvez resida aqui um pouco do encanto, melhor, do feitiço, do panteísmo. Acho que isso talvez tenha um pouco a ver, relaciona-se, com outra questão abordada pelo Wright: o problema do uno e dos muitos, a diversidade da realidade. Sobre a sua resposta, ela parece ser um exemplo de compatibilismo, é isso? Bem, eu não simpatizo com o compatibilismo, e ainda não fui convencido pelos seus argumentos. Por isso, por favor, desenvolva mais a o seu pensamento, inclusive porque não entendi isso aqui:<br /><br />"se Deus sustenta todas as coisas diretamente, Ele não precisa determinar univocamente todas as coisas e suas interrelações no plano ontológico para garantir que tudo acontecerá segundo o decreto. Ou seja, não há necessidade dessa cadeia causal atuando de modo incontornável de momento a momento." <br /><br />Obrigado e um abraço!Osmar Neveshttps://www.blogger.com/profile/17875763651442768423noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-78241996809428378692011-09-12T09:20:20.576-03:002011-09-12T09:20:20.576-03:00Olá, Osmar!
Antes de qualquer outra coisa, permit...Olá, Osmar!<br /><br />Antes de qualquer outra coisa, permita-me observar que não fiz nenhuma "resenha sobre o livro do Wright", mas sim um comentário pontual e não exaustivo sobre o segundo capítulo apenas. E, até onde vai minha lembrança, isso que você chama de "a questão principal" sequer é levantado ali, até porque a linha de argumentação seguida por Wright é bem diferente, e mesmo, segundo penso, incompatível com a sua. Pois ele nega a liberdade humana apelando para a suposta existência de uma cadeia causal inescapável para nós, a qual determina o futuro do mundo em função do presente, e o presente em função do passado. Ele tem em mente, portanto, as relações entre os eventos da criação ao longo do tempo, situa seu determinismo nesse plano e sustenta que, sem esse determinismo, Deus não poderia conhecer ou decretar o que acontece. O pressuposto embutido no argumento de Wright tem mesmo algum parentesco com o deísmo, e por isso considero que o argumento levantado por você é antes uma refutação que um reforço ao argumento dele: se Deus sustenta todas as coisas diretamente, Ele não precisa determinar univocamente todas as coisas e suas interrelações no plano ontológico para garantir que tudo acontecerá segundo o decreto. Ou seja, não há necessidade dessa cadeia causal atuando de modo incontornável de momento a momento.<br /><br />Ao mesmo tempo, porém, a existência que Deus nos concede, embora sustentada por Ele mesmo constantemente, é real e objetiva, assim como as relações que cada um de nós tem com os demais seres. Por isso, eu não vejo razão para concordar que "toda a nossa interação com a realidade (e com nós mesmos) é mediada por Deus"; acho melhor dizer que é possibilitada por Deus, em virtude das leis que Ele estabeleceu sobre sua criação. Ou seja, o fato de Deus sustentar o tempo todo a existência de todas as coisas não impede que Ele mesmo imponha leis que regem essa existência e suas interações de um momento a outro. Dito isso, posso resumir minha posição dizendo que não existe determinismo no nível dessas leis, que denomino "plano ontológico" - e, portanto, nesse nível, a liberdade humana existe. Não afirmo que exista uma autonomia do homem em relação ao decreto de Deus, o qual creio que se realiza de alguma forma relacionada justamente à Sua ação sustentadora.<br /><br />Espero ter esclarecido sua dúvida. Mas, se não aconteceu isso, é só perguntar de novo. Abraços!Andréhttps://www.blogger.com/profile/05772825173501715058noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-17838793776739935202011-09-11T22:28:13.720-03:002011-09-11T22:28:13.720-03:00Boa noite André!
A minha avaliação é que você toc...Boa noite André!<br /><br />A minha avaliação é que você tocou em questões periféricas na sua resenha sobre o livro do Wright e não abordou em detalhes a questão principal: num universo criado e sustentado momento a momento por Deus, sendo Deus a causa primeira de todas as coisas, existe algo como a suposta "liberdade humana"? Veja, Deus não apenas criou mas sustenta TODA a realidade (estamos inclusos aqui também), momento a momento (não somos deístas), inclusive os fatores internos e externos que influenciam os nossos processos de cognição e volição. Diante do exposto, concluo que toda a nossa interação com a realidade (e com nós mesmos) é mediada por Deus; então onde está a liberdade humana? Um abraço e até mais!Osmar Neveshttps://www.blogger.com/profile/17875763651442768423noreply@blogger.com