tag:blogger.com,1999:blog-38445551.post755259189052032206..comments2023-09-23T15:43:47.704-03:00Comments on Retratos por escrito: Areias invasorasAndréhttp://www.blogger.com/profile/05772825173501715058noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-76325971729935237012009-07-03T14:59:31.771-03:002009-07-03T14:59:31.771-03:00A gnose moderna
No universo cristão a gnose emer...A gnose moderna <br /><br />No universo cristão a gnose emerge com a mesma idéia central, a de que o homem pode ser aperfeiçoado nesta vida e buscar a salvação ainda nesse mundo. Pelágio é o ancestral mais vistoso dessa heresia, derrotada, no campo teórico, teológico e político pelo grande Santo Agostinho. Mas a gnose acompanhou, como sombra, o Cristianismo pelos séculos seguintes até triunfar na modernidade (entendida esta como a cultura que moldou a civilização ocidental a partir do século XIV). Embora não seja um corpo de doutrina único e se manifeste em diferentes teorias e movimentos religiosos e políticos, o gnosticismo moderno tem como denominador comum declarar a imanência da salvação e reduzir a psique do homem à relação binária busca do prazer/fuga da dor. Essa caricatura espiritual gerou a criatura bifronte dada pelos falsos opostos liberalismo ateu e o marxismo revolucionário.<br /><br />Os grandes restauradores do epicurismo na modernidade foram Locke e Rousseau, autores que geraram as tradições paralelas do liberalismo ateu e do marxismo revolucionário. Veja, meu caro leitor, que dessa árvore frondosa nasceu a falsa verdade filosófica estabelecida por pelo menos três séculos seguidos. Essa gente tomou conta dos Estados nacionais na Europa e nas Américas e, depois, no resto do mundo. Então quando eu falo em modernidade eu falo da linha de pensamento que seguiu seu curso a partir desses nomes que são familiares a toda a gente. Basta recordar que gigantes como Kant, Hegel, Marx e Nietzsche, sem falar nos autores do ramo britânico do liberalismo, como Smith e Ricardo, são os caudatários diretos dessa nova suposta verdade da alma.<br /><br />A oposição entre a gnose moderna e o Cristianismo <br /><br />O inimigo dessa gente é um só, a Igreja Católica e o Cristianismo ele mesmo. Na verdade as denominações protestantes são elas próprias uma plena manifestação do gnosticismo usando a roupagem evangélica. Sei que muitos dos seguidores dessas religiões ditas cristãs talvez nem tenham a noção do que se passou, porque não é tarefa fácil encontrar livros de história e menos ainda livros de filosofia política que relatem fielmente o que aconteceu. A decretação de morte de Deus por Nietzsche é o coroamento da modernidade e a síntese de tudo, o corolário da Reforma.<br /><br />Nivaldo Cordeiro<br /><br />http://www.sacralidade.com.br/mundo2008/0191.comunismoAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-38445551.post-70089482669298082642009-01-21T19:44:00.000-02:002009-01-21T19:44:00.000-02:00Olá Rapaz!Tudo bem contigo?Vou fazer uns comentári...Olá Rapaz!<BR/><BR/><BR/>Tudo bem contigo?<BR/><BR/><BR/>Vou fazer uns comentários sobre sua análise do primeiro volume de "Um judeu marginal".<BR/><BR/><BR/>André Leonardo: "Vejo também, entretanto, muito espaço para críticas, tanto a pontos específicos quanto à estrutura global e às próprias motivações da obra. O autor não deixa de cair na cilada do ceticismo excessivo em certos pontos, como ao negar a realidade histórica das narrativas sobre a infância de Cristo ou ao defender que o relato da concepção virginal de Jesus Cristo é fruto de uma tradição posterior, que não poderia de modo algum ter origem na própria mãe do Salvador."<BR/><BR/>Rapaz, não é que ele caia em uma armadilha. Ele é, na maior parte do tempo, consistente com o melhor método histórico. Mas é esse método que sempre vai implicar uma distância, maior ou menor, entre uma biografia secular de Jesus e o que dizem os Evangelhos. A tentativa mesma de se procurar um "Jesus Histórico" à parte do Cristo da Tradição implica em se criar outra história distinta da tradicional. Nesse sentido, Meier está correto: O Jesus Histórico jamais será o Jesus Real, pois o Jesus Histórico é construído por meio de uma disciplina racionalista, com métodos analítico-críticos, pressupostos metodológicos naturalistas etc. E neste sentido Bultmann está correto. Está correto porque "se você parte dos princípios errados, sua conclusão também será errada", como disse Chesterton (cito de cabeça).<BR/><BR/><BR/>André Leonardo: "Sim, pois Meier é católico romano, e a mera existência de pessoas como ele - e são muitas - já deveria servir de alerta contra o julgamento ingênuo de que o poder centralizador da Igreja Católica constitui salvaguarda eficaz contra a diversidade que o protestantismo, com sua inerente fragmentação institucional, não é capaz de conter."<BR/><BR/>Sim, não é o poder centralizador que garante, de fato, salvaguarda para diversidade doutrinária, ou pior ainda, para doutrinas liberais e humanistas quanto ao Cristianismo. O que contribui para estas degenerescência é justamente o princípio do qual se parte pra fazer teologia ou analisar os textos sacros. <BR/><BR/><BR/>André Leonardo: "de que maneira isso tudo interfere na meta principal do livro, que é a de chegar a um retrato consistente do Jesus histórico?"<BR/><BR/>Em nada! O retrato consistente será alcançado, e de acordo com o critério do consenso indicado logo no início do primeiro volume: produção de um retrato de Jesus palatável ao mesmo tempo para católicos, protestantes, agnósticos...claro que um consenso desse só pode ser obtido por concessões cada vez maiores à modernidade e ao ceticismo em prejuízo da tradição. <BR/><BR/><BR/>André Leonardo: "É fácil notar que tal procedimento não se justifica de modo algum se a hipótese for falsa. Se, por exemplo, o apóstolo João tiver sido de fato o autor (ou o redator-chefe) do evangelho que leva seu nome, como a tradição dos primeiros séculos unanimemente afirma, qual é o sentido em discutir seu texto como se fosse apenas uma colagem de fragmentos?"<BR/><BR/>Sim, mas esse é TODO o dilema. Porque se a Tradição estiver correta, Jesus Histórico algum é necessário. Mas se a Tradição pode estar errada, então o método e as posições (e omissões) de Meier são todas válidas, pois este o método da disciplina histórica. E se, numa terceira opção, usarmos esse método apenas pra defender que a Tradição está correta, então é apologética.<BR/><BR/><BR/><BR/><BR/>Abraços!<BR/>AndréAnonymousnoreply@blogger.com