15 de novembro de 2010

O direito ao mistério - parte 4

Nos posts anteriores critiquei as teses de Crampton do ponto de vista lógico e histórico, apontando a superficialidade com que lê seus antagonistas e também demonstrando a inconsistência dos argumentos com que pretende construir sua própria alternativa. Terminei o último post apontando como plausível a hipótese de que o autor deve elementos importantes de seu pensamento a uma fonte essencialmente antibíblica. Contudo, não apontei nenhuma evidência positiva disso, e tampouco abordei a questão de um ponto de vista teológico. É o que pretendo fazer nesta última postagem.

Como vimos, boa parte do argumento de Crampton consiste em apontar semelhanças entre as declarações de seus antagonistas conservadores e as de teólogos neo-ortodoxos. Sendo assim, ele não poderá reclamar se eu adotar o mesmo procedimento e disser com o que se parecem seus louvores à razão. Parecem-se com os de todos os descendentes do cartesianismo e do iluminismo, incluindo-se aí os racionalistas do século XVII, os enciclopedistas do XVIII, os positivistas e teólogos liberais do XIX, os materialistas darwinistas, comunistas e outros cientificistas do século XX. Se Voltaire, Marx, T. H. Huxley, Kardec, Lênin, Russell, Bultmann, Sagan ou Dawkins lessem a Confissão de Fé de Westminster e o artigo de Crampton, sem dúvida veriam nesse contraste uma evidência do "progresso" do calvinismo ao longo dos séculos em direção às luzes da razão. Todos eles repeliam (ou repelem) horrorizados a mera ideia de que algo na realidade pudesse exceder os limites de nossa razão, pondo-se logo a tecer considerações alarmadas sobre os perigos do "irracionalismo".


Não é meu desejo, de forma alguma, tomar partido num debate entre racionalistas e irracionalistas. Inclusive tenho um
post, que recomendo aos interessados nessa pendenga, no qual acuso ambos de serem farinha do mesmo saco. Já li racionalistas cientificistas e também já li irracionalistas pós-modernos, e é em parte por isso que sei que ambos são igualmente perniciosos, e que não se pode evitar um pecado caindo em outro. Crampton, porém, não sabe disso, e acabou por cair no mesmo dualismo que acomete o mundo: elegeu um dos erros como o vilão e se encaminhou para o erro oposto como se fosse o herói. E seu herói, concorde ele ou não com o nome que lhe dou, é o racionalismo. Trata-se, devo dizer, de um velho conhecido meu. Encontrei-o ainda na adolescência, e o Departamento de Física que frequentei por cinco anos em nada me incentivou a abandoná-lo. O racionalismo foi a minha tentação intelectual até os vinte anos, e é por isso que conheço de perto, de dentro, o perigo espiritual que ele representa. E é também por isso que não pude ficar em silêncio ao me deparar com um racionalismo com roupagens de teologia calvinista conservadora.

Como argumento contra a associação feita por Crampton entre calvinistas e neo-ortodoxos, citar semelhanças entre as concepções do autor e as de eminentes pensadores racionalistas, dentro ou fora da igreja, é resposta suficiente. Mas é preciso ir além e demonstrar que minha associação não é falaciosa como a dele. Para isso, nada melhor que explorar os efeitos dessa mentalidade no próprio texto de Crampton. Na última página, antes de apresentar sua conclusão, o autor enumera os
"três obstáculos insuperáveis" propostos por Robert Reymond para quem sustenta a existência de paradoxos lógicos nas Escrituras. O primeiro é o da suposta subjetividade da afirmação dos paradoxos, obstáculo que já superei no primeiro post. Os outros dois estão intimamente ligados e são bastante reveladores.

Segundo o autor, o problema com a afirmação de que as contradições bíblicas são apenas aparentes é que
"se nenhuma quantidade de estudo ou reflexão pode remover a contradição, não há meios disponíveis para distinguir essa contradição 'aparente' de uma contradição real". Crampton pergunta: "Como, então, o homem sabe se está abraçando uma contradição real (a qual, se encontrada na Bíblia [...], reduziria a Escritura ao mesmo nível do contraditório Alcorão do islamismo) ou uma contradição aparente?" Esse foi o segundo obstáculo. O terceiro trata da afirmação de que a verdade pode estar em declarações mutuamente irreconciliáveis. Quem crê nisso "abandonou toda possibilidade de detectar uma falsidade real". Qualquer coisa que contradiga algum ensino das Escrituras poderia ser aceita como apenas mais uma contradição aparente. Nesse caso, Crampton conclui, "a exclusividade do cristianismo como a única religião verdadeira revelada morrerá a morte de milhares de qualificações".

Tenho várias coisas a dizer sobre esse argumento bicéfalo. A primeira é que todas as razões levantadas contra a ideia da contradição aparente apenas desenvolvem suas supostas consequências, mas de modo algum tornam implausível sua realidade. Para ilustrar o que digo, retomarei o exemplo da conciliação entre a predestinação e a liberdade humana. Suponhamos que haja uma solução racionalmente impecável para o impasse, e que o homem mais inteligente e bem preparado que já houve ou haverá pudesse chegar a ela se a perseguisse com todas as forças durante mil anos. Nesse caso, é claro que todos os esforços dariam em nada. Isso mostra que Crampton tem razão ao dizer que, na prática, não é possível distinguir logicamente uma contradição real de uma aparente, e é por isso mesmo que não fiz nenhuma tentativa nesse sentido. Mas também mostra que não há nada de inverossímil na suposição de que algumas verdades podem ser, na prática, inapreensíveis pela razão humana, ainda que não o sejam em teoria. Por isso, para defender a existência de mistérios, não é necessário negar que a coerência lógica seja um atributo divino, nem afirmar que
"nenhuma quantidade de estudo ou reflexão pode remover a contradição". Talvez alguma quantidade seja suficiente, mas não praticável para nós. E Crampton não levantou uma única objeção válida a essa possibilidade.

Deve ser observado que, também nesse contexto, a predição do fim apocalíptico da teologia bíblica não se justifica. Ao aceitar a existência de mistérios nas Escrituras, Calvino, os teólogos de Westminster e os citados por Crampton não pretendiam promover - e não promoveram - uma debandada geral dos domínios da razão. Ao contrário, a asseveração de um mistério só é aceita depois de completado o árduo trabalho da exegese bíblica, no qual, sem dúvida, a razão toma parte, assistida pelo Espírito Santo. Para afirmar que a dupla natureza de Cristo é um mistério, foi necessário ler atentamente a Bíblia e constatar que tanto a divindade quanto a humanidade de Cristo são ali claramente ensinadas, e então constatar os impasses a que isso leva. Da mesma forma, a doutrina da Trindade foi inferida a partir da constatação exegética de que o Pai, o Filho e o Espírito são distintos entre si, que cada um deles é Deus e que só há um Deus. É depois de constatados os fatos, e não antes, que alguém pode tentar explicar o que vê nas Escrituras e, não conseguindo, declarar que o assunto é um mistério. É assim que, contrariando os medos de Crampton, a razão sempre teve seu papel assegurado, sem exageros, na tradição reformada.


Aliás, o medo do colapso da racionalidade face ao mistério é um dos vários pontos que Crampton e os racionalistas seculares têm em comum. Um dos principais motivos que levam os cientificistas a rejeitar
a priori o design inteligente, por exemplo, é claramente análogo: eles temem que, com a admissão da insuficiência das leis naturais, todos os cientistas do mundo interrompam suas pesquisas e experimentos e passem a atribuir todos os eventos a alguma inescrutável inteligência superior. Trata-se de um absurdo, evidentemente, mas o poder paralisante que o medo exerce sobre a razão não diminui em nada quando o apavorado em questão é um racionalista.

O medo, na verdade, nos levará diretamente ao coração do problema. O maior medo de Crampton é que a abdicação da razão destrua o próprio fundamento da superioridade da fé bíblica. Ao admitir que há na doutrina cristã fatos que nossa razão não pode abarcar, perderemos o direito de apontar para as contradições de outros sistemas religiosos como provas de sua falsidade. Sem esse que é o grande argumento de muitos apologetas - a Bíblia não se contradiz, mas todo o resto sim - resta apenas um relativismo e uma equivalência de todas as religiões, e perdemos a própria justificativa para sermos cristãos.


Minha experiência pessoal não corresponde a nada disso. Tornei-me cristão porque Deus me regenerou, tirou meu coração de pedra e me deu um coração de carne, aplicou a mim o valor expiatório da obra de Cristo, capacitou-me a desejar a reconciliação com Deus e a ter fé em Cristo como único mediador da nova aliança. E continuo a ser cristão porque Deus tem levado minha fé a perseverar, de modo a completar a obra iniciada, conforme sua promessa, e porque o Espírito Santo testifica com meu espírito que sou filho de Deus e abre meus olhos para a compreensão das verdades reveladas nas Escrituras. O caso de Crampton, ao que parece, é bem diferente do meu: ele se tornou cristão porque o Espírito deu satisfações impecáveis à sua razão, a qual então se dobrou diante da evidência. E só continuará a ser cristão até o dia em que sua razão, como árbitro soberano, detectar na Bíblia alguma contradição (real ou aparente, pois ambas são indistinguíveis) e o Espírito não for capaz de lhe dar uma explicação convincente para tamanho disparate.


No parágrafo anterior, descrevi minha experiência com Deus em termos calvinistas e bíblicos não apenas porque tais termos de fato descrevem com perfeição o cerne dessa experiência, mas também para evidenciar o contraste com as declarações de Crampton sobre os motivos pelos quais se deve ser cristão. O grande problema com o racionalismo, teológico ou não, está bem ilustrado aqui: o autor não mais descreve a razão de sua esperança com base na experiência concreta da graça de Deus, e sim a partir da robustez do esquema teórico e racional que foi capaz de erigir. É esse o resultado natural da crença no domínio absoluto da razão: o olhar desviado de Cristo e sua misericórdia para questões secundárias.


O terceiro perigo também decorre do medo, e também está exposto acima: a suposta vulnerabilidade da doutrina cristã frente a doutrinas concorrentes como resultado da admissão de paradoxos na Bíblia. Quanto a isso, observo, em primeiro lugar, que a redução do valor de uma doutrina à coerência racional de suas construções teóricas é em si um critério bastante deficiente que só poderia mesmo brotar da cabeça de um racionalista. O valor de uma doutrina se mede também pelo tipo de homem que ela produz. E esse fato, dentre muitas outras coisas, torna perfeitamente possível comparar duas religiões (ou dois sistemas quaisquer), ainda que haja contradições (reais ou aparentes) em ambas. Mesmo a comparação racional é possível, no entanto, pois o tipo, o lugar e o efeito das inconsistências lógicas varia muito entre as diversas doutrinas. Acima de tudo, porém, é necessário ter em mente a doutrina bíblica e reformada da depravação total, da qual um dos corolários é que ninguém jamais se tornou ou se tornará cristão pela persuasão racional, e sim apenas pela operação regeneradora do Espírito nos corações.


A propósito, é inconcebível para mim que um teólogo reformado se aventure a discorrer sobre o assunto da justificação racional da fé bíblica sem tocar no tema importantíssimo do papel do pecado enquanto obscurecedor da inteligência humana, especialmente em assuntos diretamente relacionados a Deus e à salvação, que é uma das ênfases primordiais da doutrina reformada sobre a cognoscibilidade de Deus. Crampton, no entanto, faz justamente isso. Se sua argumentação já é deficiente frente à constatação da finitude humana em contraste com a infinitude divina, torna-se ainda mais reprovável quando lembramos que essa finitude está corrompida pelo pecado e que, como nos lembra Calvino nas
Institutas, ninguém pode obter um conhecimento autêntico de Deus ou das Escrituras sem a iluminação do Espírito de Deus e sem a santificação correspondente. Esse é mais um exemplo das ênfases erradas a que o racionalismo leva.

Termino aqui esta série sobre o artigo de Crampton e sobre o racionalismo pseudocalvinista ali exposto. Se eu fosse um incrédulo racionalista insatisfeito e tivesse meu primeiro contato com o calvinismo através de Crampton, provavelmente teria me aborrecido e repelido de imediato a fé reformada, desanimado com a perspectiva de trocar um racionalismo secular por um religioso. Felizmente conheci a doutrina reformada por outros meios, e graças a isso posso avaliar a extensão do desserviço prestado pelo autor (e por quantos porventura pensem como ele) à doutrina bíblica. Esse procedimento incentiva os crentes a depositar sua confiança na própria razão, e não na obra consumada de Cristo; e a buscar segurança na coerência racional, e não nas promessas de Cristo. Talvez seja por isso mesmo que Deus não nos deu respostas exaustivas, quer nas Escrituras, quer na revelação geral: Ele não deseja que nos recusemos a reconhecer nossas limitações também nessa área, e muito menos que lhe imponhamos condições para permanecer firmes na adoração bíblica, ao invés de humildemente solicitar sua graça para permanecermos. De modo que devemos aceitar de Cristo o que quer que Ele deseje nos dar, sejam explicações racionais, sejam indícios a partir dos quais podemos chegar a respostas logicamente válidas, sejam mistérios nos quais só podemos crer.


De qualquer modo, estou feliz e grato a Deus porque ele me curou do racionalismo que outrora foi parte de mim. Meu desejo é que outros cristãos reformados também venham a perceber que há alguns mistérios entre os céus e a terra, apesar do que sonha a vã filosofia de W. Gary Crampton.


*******

Adendo: Não deixem de ler o texto da Norma, minha esposa, sobre um tema relacionado a este, envolvendo Calvino e Chesterton, nem o posicionamento do pastor Augustus Nicodemus Lopes, um dos maiores teólogos calvinistas do país. No mesmo post, aliás, há um extenso e muito esclarecedor comentário do pastor Hermisten Maia, grande estudioso de Calvino, acerca das posições do reformador sobre o assunto. Os trechos que citei de Calvino na terceira parte estão todos ali, embora não necessariamente na mesma tradução.

9 comentários:

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

É... estamos sempre às voltas com o tema fé (mistério) x razão.

Diante das várias controvérsias eu Escolho não saber porque não sei.

De fato os dogmas da trindade e da natureza de Cristo já foram amarrotados, passados e repassados pela história da cristandade, e de alguma forma (provavelmente graças à hermenêutica e razão) pairam como pontos passivos. Existem uma série, porém, de outros "pormenores" doutrinários que estão longe de ser solucionados. E só nos resta abrir mão de uma (razão) ou da outra (fé).

Leonardo Bruno Galdino disse...

André,

Muito boa a sua série e sua análise do artigo de Crampton. Particularmente, gosto muito dele, mas nesse artigo, de fato, ele foi muito infeliz. Ele deturpou as Escrituras, deturpou Calvino e deturpou a Confissão de Fé de Westminster, dentre outras coisas. Seu alerta foi ótimo. Escrevi de leve sobre isso aqui.

Mais uma vez, parabéns!

Abraços!

P.S.: Gostei muito dos textos da Norma também.

Mulher na Polícia disse...

Grande André,

Do jeito que você escreve até eu entendo. rs rs rs

Aliás... não sei se estou me acostumando com o seu jeito de escrever ou se já estou entendendo alguma coisa a respeito dos assuntos que vc trata.
rs rs rs

Também não sei se eu deveria me retratar por ter te chamado de racionalista alguns posts atrás... Fico encantada com seu esforço em escrever três posts gigantes pra me convencer do contrário, mas o máximo que posso dizer é que você quase, quase me convenceu disso. Mas ainda não foi dessa vez...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Tô brincando, André...
Claro que você nem se lembra que um dia eu disse isso aqui. kkkkkkkkkkkkk

Li e entendi perfeitamente essa sua série de posts sobre o livro do Crampton. Mas mesmo assim, gosto mais de "Pedro" que de "Calvino". "Pedro" é muito mais bonito. E Pedro também não era nada racionalista.

Diz pra Norma que quero saber que história de "Mulherzinha" foi aquela lá no meu blog.

Beijo pra vcs três.
(Como sempre, um prazer estar aqui).

André disse...

Olá, Roger!

Você pode não saber o que não quiser saber, e pode nem mesmo saber por que não sabe. Mas saiba que eu sei por que não sei o que não sei. E saiba também que, conforme se depreende do que eu disse nesta série de postagens, discordo de você em pelo menos um ponto importante: no suposto duelo entre fé e razão, enquanto você abre mão de uma (ou, quem sabe, de ambas), eu fico com as duas.

Olá, Leonardo!

Seu artigo é excelente, e de fato se relaciona indiretamente com algo que eu disse sobre a fé pós-moderna. Quanto a Crampton, o que ele fez aqui foi mesmo lamentável, mas fico feliz em saber que é uma exceção. Espero ainda encontrá-lo em um melhor espírito.

Abraços!

Olá, Novinha!

Não sou grande. Mas fico feliz não só por você ter me entendido (o que só mostra que você é boa leitora), mas também por ter me lido, em primeiro lugar. Você deve ter percebido que escrevi tendo em mente um público especificamente calvinista. Confesso que me lembrei de você em algum momento e pensei: "Coitada, vai achar um saco isto aqui". E, no entanto, de algum modo, você leu esses quatro posts sobre esse assunto. Fico muito feliz por isso, mas devo dizer que o mérito é todo seu. hehehe

O pior é que eu nem me lembrava mesmo de você ter me chamado de racionalista. Mas fui procurar e achei. É, de fato meu lado "físico" deve ter aparecido mais na ocasião. Mas isso vai de acordo com as ênfases requeridas por cada assunto. Você me verá censurando um racionalista por seu racionalismo e, no minuto seguinte, criticando um irracionalista por seu irracionalismo. Como eu disse no texto, acho que é tudo farinha do mesmo saco. hehe

A Norma ainda vai te explicar aquele negócio, não se preocupe. Quanto a Calvino, concordo que não é um bom nome. Tive um amigo com esse nome na infância, e o apelido do coitadinho acabou sendo Cacau.

Também é um prazer tê-la aqui. E fico feliz que tenha entendido tudo. Quando não entender, pode perguntar. E quando entender mas não gostar, pode reclamar também. hehe

Abraços!

ROGÉRIO B. FERREIRA disse...

Caro André,

eu terei que concordar com você em pelo menos um ponto, o mistério é racional! Quer diser: os mistérios em si podem não ser lógicos, mas a humildade para aceitar "a realidade do mistério" quando a racionalidade alcança seu limite, é puramente racional.

Saudações,

Aprendiz disse...

Olá André

Tenho pensado sobre isso há bastante tempo, e conclui que é esperado que existam mistérios. Inesperado seria se todos os fatos da realidade fossem acessíveis à mente limitada. É estranho, portanto, alguém querer exigir que o Eterno só faça coisas que sejam compreensíveis a nós.

Dizendo de forma curta: O mais racional é esperar que existam coisas que ultrapassem a nossa razão.

Aprendiz disse...

Complementando o comentário anterior, isso vale para qualquer campo do conhecimento. Não é esperável que eliminemos as aparentes contradições em campo algum (a não ser que Deus tenha dado muita colher de chá).

É espantoso que hajam teólogos que não consigam conviver com isso. Os físicos lidam bem com isso, utilizam a física clássica-relativística para certos problemas e a física quantíca para outros, sabendo que deveriam ter uma física só para lidar com tudo. Se um dia conseguirem completar as teorias das super-cordas, ótimo, poderão ser mair coerentes. Mas sabem que poderá ser que morra o último físico antes de ter uma teoria só que unifique a física. enquanto isso, vão convivendo com essa contradição numa boa.

Casal 20 disse...

André, maravilhoso!

Fez-me rever certos caminhos que andava trilhando, fez-me repensar certas ideias, fez-me coçar minha cabeça algumas vezes. Agora, fcou só faltando os tais artigos da Norma e do Augustus que você falou mas não deu os links. Onde vejo?

Abraços sempre afetuosos.

Fábio.

André disse...

Caro Aprendiz, eu nem me lembrava mais do seu comentário, e não sei se você vai ler minha resposta. Mas, se passar por aqui, saiba que concordo com você. hehe

Caro Fábio, obrigado por seu testemunho. Fico feliz em ter ajudado de alguma forma. Mas, se houver desacordos restantes ou algo sobre o que valha a pena conversar, não deixe de me procurar. Eu estou progredindo lentamente em minha compreensão do tema.

Os links não aparecem porque o texto do final está em azul. Mas, se você passar o mouse em cima das palavras "texto" e "posicionamento", eles aparecem.

Abraços aos dois!