31 de janeiro de 2011

Dezenove semanas de amor

"Os mandamentos de Deus são melhor lidos por olhos úmidos de lágrimas." (Spurgeon)

Soubemos da gravidez de minha esposa no começo de outubro, dias depois que um estranho mal-estar, ocorrido durante o culto dominical matutino, nos levou a suspeitar dessa possibilidade. Foram momentos de intensa alegria. Pouco tempo depois, no entanto, a ocorrência de alguns sangramentos ameaçou a nova vida humana que se instalava entre nós. A médica recomendou o repouso absoluto da Norma, o que significava sair da cama só para ir ao banheiro. Além da dedicação necessária ao novo emprego, precisei encarregar-me das compras, dos gatos, das tarefas da cozinha (que foram a pior parte), de levar à cama tudo de que ela precisasse, desde água até cotonetes - de todos os detalhes, enfim. Eu deixava o café da manhã semipronto para ela antes de sair para o trabalho, vinha correndo na hora do almoço com comida comprada em algum lugar para comer com ela e voltar correndo ao trabalho, e sobrou-me um tempo praticamente nulo para qualquer outra coisa. A pesada carga de tarefas que se abateu sobre mim só não foi pior que a total ausência de tarefas de minha esposa, que enfrentou o desafio oposto: sem poder sequer se sentar, restaram-lhe o tédio da quase total imobilidade e, ao menos em parte do tempo, a solidão. Além disso, tivemos de suspender o sexo e abrir mão de algumas noites de sono, no todo ou em parte. Muitas pessoas oraram por nós três em muitos lugares. Tudo isso deu resultado: os sangramentos pararam e a placenta voltou ao normal. A ultrassonografia seguinte nos permitiu respirar aliviados.


Em dezembro, na décima quarta semana de gestação, os exames revelaram uma hidropsia fetal, um acúmulo de fluidos no corpo do bebê que podia impedir o desenvolvimento adequado dos órgãos, levando à morte. Desta vez, porém, exceção feita às orações, não havia nada que pudesse ser feito. Sem perder a esperança, mas também sem qualquer garantia quanto ao futuro, passamos o Natal e o Ano Novo na expectativa do que os novos exames revelariam na primeira semana deste mês. E eles trouxeram más notícias: a hidropsia progrediu, tomando todo o corpo do bebê, incluindo a região do coração e dos pulmões. Vimos na tela do ultrassom, cheios de tristeza, o corpinho deformado pelo inchaço generalizado. No dia 13 de janeiro, um novo exame revelou que o coração já batia com fraqueza e lentidão, prenunciando a morte iminente. E dois dias depois, no dia em que a gravidez completaria dezenove semanas, foi enfim constatada a morte do nosso bebê. Trocamos bem poucas palavras no trajeto para casa e, tendo chegado, fizemos a única coisa que havia a fazer: abraçamo-nos e choramos longa e dolorosamente.


Naquele mesmo dia, lembrei-me do único poema que já li sobre um bebê morto antes do nascimento, escrito pelo inglês G. K. Chesterton (1874-1936). Sempre o considerei um belo poema; nele o bebê expõe a situação de sua própria perspectiva, imaginando, das trevas do ventre materno, como seria sua vida neste mundo, se tivesse chegado a nascer. Transcrevo-o abaixo. Fiz uma tradução, não muito boa, mas suficiente para os leitores que porventura não saibam ler em inglês. Aos que sabem, recomendo a leitura do original, que se encontra logo em seguida.


Pelo bebê que não nasceu

Se as árvores fossem altas e a grama baixa,

como em algum conto maluco,

se aqui e ali houvesse um mar azul

que se estendesse para além do horizonte,


se um fogo constante pendesse no ar

para me aquecer o dia todo,

se cabelos verdes crescessem nas colinas,

eu sei o que eu faria.


Na escuridão eu vivo, sonhando que existem

grandes olhos, amáveis ou frios,

e ruas tortuosas, e portas silenciosas,

e homens vivendo por trás delas.


Que venham as tempestades: viver uma hora

tendo saído à luta e às lágrimas

é melhor que todas as eras em que tenho

governado os impérios da noite.


Penso que se me deixassem

entrar e ficar no mundo,

eu seria bom durante o dia todo

que passasse nessa terra encantada.


Eles não ouviriam de mim uma palavra sequer

de egoísmo ou de desdém,

se eu apenas tivesse encontrado a porta,

se eu apenas tivesse nascido.


By the Babe Unborn


If trees were tall and grasses short,

As in some crazy tale,

If here and there a sea were blue

Beyond the breaking pale,


If a fixed fire hung in the air

To warm me one day through,

If deep green hair grew on great hills,

I know what I should do.


In dark I lie; dreaming that there

Are great eyes cold or kind,

And twisted streets and silent doors,

And living men behind.


Let storm clouds come: better an hour,

And leave to weep and fight,

Than all the ages I have ruled

The empires of the night.


I think that if they gave me leave

Within the world to stand,

I would be good through all the day

I spent in fairyland.


They should not hear a word from me

Of selfishness or scorn,

If only I could find the door,

If only I were born.


Amo esse poema porque ele capta de maneira mui sensível, além de literariamente magistral, a razão pela qual a vida humana deve ser preservada desde o ventre - e, por conseguinte, denuncia com toda a força a hediondez do crime que é o aborto. O poema evoca oportunamente o velho tema da pureza infantil. Não se pode prever que tipo de personalidade humana emergirá daquele misterioso organismo. É deveras pertinente a consideração feita pelo bebê do poema sobre sua própria bondade: se ninguém pode acusá-lo de crime algum, não é justo condená-lo. Ninguém tem o direito de sentenciar um feto à morte, nem de julgar em nome dele se esta lhe é preferível à vida. Acima de tudo isso, paira o fato óbvio (ou que deveria sê-lo) de que uma vida humana não pertence a nenhum outro ser humano.


Naturalmente, nada do que acabo de dizer descreve bem a situação de nosso filho. A principal diferença reside no fato de que ninguém lhe fez mal algum, nem pretendeu fazê-lo. Ao contrário, nosso bebê foi muito amado, e fizemos tudo o que pudemos - e que, na verdade, não foi tanto assim - para conservá-lo conosco. Foi o próprio Deus quem o levou, e ninguém mais. E isso faz toda a diferença, pois Deus, na qualidade de autor da vida, é o único que tem direitos irrestritos sobre ela. Oito meses atrás, ao redigir a página de agradecimentos de minha dissertação de mestrado sobre o diagnóstico de doenças em laranjeiras, fiz uma menção algo bem-humorada ao
"Deus Trino, Autor de toda vida, humana ou cítrica". Eu nem sonhava em quão cedo as pesadas implicações desse fato se manifestariam em minha própria família. O Senhor exerceu seu direito exatamente conforme a descrição de Moisés em seu famoso salmo sobre a transitoriedade da vida humana: "Tu reduzes o homem ao pó e dizes: tornai, filhos dos homens". O versículo evoca com fidelidade a linguagem do Gênesis, na ocasião em que Deus amaldiçoou Adão: "No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás". Moisés se referia ao poder que Deus possui e exerce de fazer tornar ao pó a vida humana que Ele mesmo criara - dezenove semanas antes, no caso em questão. E aqui nosso dever é o de responder como Jó, que não perdeu um bebê no ventre, e sim dez filhos já crescidos, além de todos os seus muitos bens: "o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor".

Da mesma forma, diante da santidade de Deus não cabem considerações sobre a pureza das crianças, ou de quem quer que seja. A revelação divina não endossa os desvarios de alguns pensadores sobre uma suposta neutralidade moral inata do homem.
"Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe": eis o testemunho bíblico acerca do estado moral do bebê, do feto, do embrião, do zigoto. O poema de Chesterton fornece, por contraste, evidência adicional desse fato. Ele apresenta com grande beleza o sentimento de intensa gratidão que deveria inundar a vida de todo ser humano que tem o privilégio de vir a este mundo. Apesar de todos os terríveis efeitos do pecado, este universo é de fato tão belo que as promessas de bondade e de evitar toda palavra "de egoísmo ou de desdém" deveriam ser levadas muito a sério por todos os homens. Entretanto, não há uma criança - e muito menos um adulto - que não tenha agido precisamente da maneira oposta. As bem-intencionadas promessas do bebê do poema não enganam o observador arguto de nossa natureza. Nosso filhinho era um miserável pecador que, se não cometeu pecado algum, foi apenas por falta de oportunidade. Se Deus o tivesse conservado com vida, o combate constante à sua depravação, em atos e em orações, teria sido, por longo tempo, uma das prioridades fundamentais de nossa vida.

Não deve ser difícil notar que esta breve exposição teológica não tem nenhum componente abstrato e distante da realidade, especialmente para nós, os pais do bebezinho morto. E, longe de agravar nosso sofrimento, a convicção acerca desses dois pontos fundamentais da fé cristã - a soberania divina e a depravação humana - nos abre as portas para a mais sólida alegria possível numa situação como esta. Nosso bebê é um filho da aliança; é, portanto, um santo, não por alguma pureza que possuísse em si, mas por uma causa eficiente muito mais sólida e perene: a pureza de Cristo - o Cristo cuja gloriosa face minha criança veio a contemplar antes de mim. De modo que não posso deixar de me sentir alegre ao repetir as milenares palavras de Davi:
"Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim".

Esse episódio tem me levado a pensar com frequência naquele audacioso repúdio do apóstolo Paulo a toda proporção entre as obras dos santos e a recompensa que recebemos de nosso Senhor:
"nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória, acima de toda comparação". Isso é verdadeiro de modo mui evidente na curta vida de meu filho, cujo único sofrimento foi uma hidropsia que não durou mais que algumas semanas. Os poucos gramas de fluido acumulado em seu corpinho lhe são agora, no máximo, uma lembrança muito leve. Quando penso no contraste entre a nulidade de suas realizações e a glória de seu destino final, agiganta-se aos meus olhos a manifestação da graça de Deus em sua pequenina vida, e por um momento quase cedo à tentação de invejá-lo. Mas não há o que invejar, já que minha própria condição é idêntica à dele. Meus méritos não são maiores, e tampouco é menor a eficácia da graça de Deus em mim. Se não sou capaz de ver isso com igual clareza em meu próprio caso, é apenas porque minha visão ainda se encontra turvada pelo pecado. A vinda e a partida de meu filho me levaram a uma compreensão mais profunda da misericórdia divina. Nos momentos de maior lucidez, ao menos, vejo que meu bebê e eu estamos exatamente na mesma situação. Nossa recém-formada família já se encontra dividida pelo abismo da morte, mas está unida para sempre sob o cetro de um mesmo Rei, sob a sombra do mesmo amor derramado na cruz.

Nada disso anula nosso sofrimento. Há tempo para tudo, e agora é tempo de chorar. E temos chorado. Minha esposa e eu lutamos pela vida de nosso filho, conversamos com ele, oramos por ele, choramos por ele e sonhamos com ele. É claro que sentimos saudades dele. E é claro que foi para mim uma experiência dolorosa ver seu corpinho sem vida e deformado pela hidropsia. Já vi muitos defuntos, mas nunca vira a morte de tão perto. Jamais ela atingiu alguém que estivesse tão junto ao meu coração e ao meu corpo. Em decorrência disso, a morte me é hoje uma entidade menos abstrata. Agora tenho uma compreensão mais exata do quanto ela é terrível e do quanto são tolos aqueles que procuram jamais pensar nela. Vislumbrei o justo desespero que eu sentiria diante da morte se esse último inimigo não tivesse sido derrotado por Cristo na cruz. Mas é exatamente porque não posso desconsiderar esse evento que a tristeza não pode ir além de certo ponto. Nesta hora de lágrimas, a vitória que Cristo conquistou para minha família não é mero consolo, e sim causa de uma intensa e positiva alegria que coexiste com a dor em meu coração.


Sofro porque meu filho partiu tão cedo, pela intimidade que não chegamos a ter, pelas muitas alegrias (e algumas dores de cabeça) que não terei mais, por tudo o que eu teria aprendido com ele, por todos os momentos com que sonhei e que jamais acontecerão. É como se nossa vida tivesse empobrecido de repente. É justo chorar por tudo isso. Mas não há nenhuma necessidade de chorar por meu bebê, como se ele fosse uma vítima inocente de um destino cruel, nem de queixar-me das injustiças deste mundo, no qual tantos perversos incorrigidos passam vidas longas e saudáveis. A verdade é o oposto exato disso tudo: meu filho se foi deste mundo mau sem que ninguém lhe tivesse feito mal algum. Deus foi maravilhosamente bom para ele. Sua morte foi preciosa aos olhos de meu Senhor, que o alcançou com sua graça salvadora. Todo pai deseja que seu filho seja bem-sucedido. Pois o meu foi, naquilo que pode haver de mais importante. E isso muito me alegra nesta hora de lágrimas.

16 comentários:

Esli Soares disse...

Meu irmão... Sabias e belas palavras. Profundas e sinceras, de louvor e pranto. Diante delas quase nada se pode dizer, apenas que aprendo com vc a ser um servo melhor.

Deus seja louvado.
Deus te abençoe.

Esli Soares

Jorge Fernandes Isah disse...

André,

ler o seu texto sem ter um nó na garganta é impossível. Tive vários ao longo da sua narrativa.

E como disse no blog da Norma, talvez não do mesmo jeito mas com o mesmo sentimento, meus olhos, em lágrimas, se enchem de alegria por ver Cristo formado em vocês.

Que ele, o Deus eterno, conforte-os e abençoe-os imensamente.

Grandes e fortes abraços!

Mulher na Polícia disse...

Puxa André...

É difícil dizer alguma coisa pra vc agora. Bom... eu choro com vocês. Tá? Com muita tristeza.

Dá um beijo na tua esposa por mim e outro pra você.

simone quaresma disse...

Como é preciosa a fé que nos foi entregue!!Que verdades maravilhosas!Se eu conseguisse parar de chorar, podereia comentar mais alguma coisa...

Leonardo Bruno Galdino disse...

André,

Assim como o Jorge (acima), também li seu texto com um nó na garganta. E compartilho da sua convicção quanto a seu bebê ser filho da aliança. Isso deve trazer conforto ao coração de vocês. E lembre-se sempre de que "nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam" (1 Co 2.9).

Continuarei orando por vocês.

Abraços!

Roberto Vargas Jr. disse...

André, que texto!
Dor e saudade, gratidão e louvor. Tristeza, sim, e enorme. Não maior, porém, que a alegre esperança que nos mantém.
Deus seja louvado por vocês e pelo tremendo testemunho e ensino que vocês nos dão. A Ele a glória!
No Consolador,
Roberto

Helder Nozima disse...

André,

Diz a Palavra que em tudo devemos dar graças. O filho de vocês não chegou a nascer, mas louvo ao Senhor pela forma como a vida dele contribuiu para a glória d'Ele. A forma como vocês três enfrentaram essas dificuldades constrange-me, por ver o quanto eu reclamo de males muito menores, o quão pouco tenho acreditado no poder consolador de Deus e quão fraca é a minha visão do poder de Cristo sobre a morte.

Já perdi uma vez uma mulher que realmente amava em um acidente e não consegui perceber tudo o que você percebeu. Levou muito tempo para que eu conseguisse agradecer ao Senhor pelo que aconteceu e parar de me ver como vítima de uma "ira cega". Eu só conseguia enxergar a minha dor.

Fico feliz que vocês consigam ver o Cristo ressurreto e o Seu consolo. Mesmo hoje não sei se conseguiria escapar de afogar-me apenas em minha dor e desespero quando a morte voltar a levar alguém próximo a mim. Mas ao ver o que Cristo tem feito por vocês, tenho esperança de que Ele pode fazer o mesmo por mim.

Perdoe minhas muitas palavras. Que Deus os abençoe.

Helder Nozima
Barro nas mãos do Oleiro

Juliana Portella disse...

André, que texto lindo. Que Deus continue consolando seus corações e preservando esta esperança viva.

Abraço forte!

Filipe Machado disse...

Amado, não vos conheço, mas deixo aqui a admiração, coragem e fé que vocês estão tendo. Não estenderei minha palavras, apenas minha oração.

Que Deus esteja convosco.
Um abraço.

Anônimo disse...

André,

Nunca li um texto sobre a "morte de infantes" que contivesse tanta teologia palpável. Aprendi mais com seu texto, do que com tudo o que li sobre o assunto.

Eu não conseguiria ver como Deus poderia ser glorificado pela morte de seu bebê, que me encheu de tristeza. Agora vejo o quanto Deus pode fazer para Sua glória, com um bebê que não chegou a nascer.

Confesso meu maior medo na terra: que meu filho, hoje com 23 anos, parta para o Senhor antes de mim. Sempre pensei nisso como o maior golpe com que eu poderia ser atingido. Continuo temendo isso, e desejando morrer dez vezes antes que isso aconteça. Mas sei, que se o Senhor assim o quiser, será para a glória dEle, para meu bem e para o de meu filho, mais querido dEle do que meu.

Seu texto me falou pessoal e profundamente.

Em Cristo,

Clóvis

Norma disse...

Helder e Clóvis,

Os comentários de vocês me emocionaram. Vocês podem ter uma certeza: eu JAMAIS, em minha vida de crente, imaginaria reagir dessa forma - doída, mas tranquila e confiante em Deus - diante da morte do meu bebê. Jamais, jamais. Quando eu era criança, tive uma perda muito difícil, da pessoa que eu mais amava (minha avó), e isso ficou como um trauma. Mas Deus me deu a capacidade sobrenatural de reagir diferente dessa vez, e isso me enche de alegria e esperança. É a graça de Deus, somente, que pode nos proporcionar isto. Aleluia!

Grande abraço!

Euclides disse...

André, dizer mais é desnecessário. Há ausência, mas não vazio: há tempo e não há fim. E quando o tempo for absorvido pela eternidade, estaremos lá a conhecê-lo na presença do Senhor. Ficamos. Continuemos.
Novas sementes brotarão e darão novos frutos. Deus tudo pode e mostrou-se.
Encha o Senhor a aljava de seus filhos com seus filhos.

DG Jem disse...

Norma e André, quando comecei ler as primeiras linhas do post imaginei do que se tratava mesmo sem ter certeza absoluta. A medida que fui lendo pedi a Deus que a postagem fosse um testemunho de vitória, como de fato se confirmou.

A vida de vocês é a prova da vitória de ´Cristo na cruz do calvário; é ainda, a prova de que Deus é incondicionavelmente bom, sem nenhuma ressalva.

Fico triste, porque tive a oportunidade de conversar pessoalmente com o André na praça de alimentação do Shopping salvador em meados de novembro, e ele me falava com grande alegria do filho que viria.
Imagino que ele tenha escrito esse post com lágrimas nos olhos, assim como as minhas veios aos meus, mas vieram no momento em que tomei a benção pra mim, nas palavras do André, como testemunho de fé e amor a Deus.

Abraços do amigo bahiano de vcs.
DG - Diêgo Guedes

Noemi Figueiredo disse...

André e Norma,
Quando reencontrei o André atráves da internet, depois de mais de 20
e poucos anos que perdemos o contato com a família, fiquei feliz com as notícias. Primeiro, que tinha se casado e dias depois que iria ser papai...mas logo depois pedindo oração, porque sua esposa estava enfrentando uma grávidez de alto risco. Eu fiquei triste por vocês, mas fiz a única coisa que me cabia, entreguei em oração essa gravidez, certa de que nenhum alto risco pode desafiar o poder do nosso Deus. Soube depois de algum tempo que a vontade soberana de Deus foi levar o pequeno ser que todos esperavam, o que tenho a dizer sobre tudo isso é:"Em tudo dai graças...", foi o que fiz e pelo que li nos blogs de vocês dois, também vejo que foram submissos e agora o que peço a Deus é que os renove, restaure os sentimentos e no tempo "DELE", todo esse amor represado tenha como alvo outra criança que virá dar alegria pra todos nós que torcemos por vocês, um grande abraço, Deus os abençoe.

Noemi S.F.Figueiredo

Gi Salmazi disse...

Norma e André:

Cheguei aqui por um coment da Norma e pela primeira vez consegui ler um texto assim, desde que perdemos nossos meninos!
André vc soube expressar de uma maneira muito nobre tudo o que sentimos nesse momento, por aqui ainda tudo é mais recente (2 meses) e só agora estou menos revoltada e tentando me conformar com tudo o que nos aconteceu!
Norma obrigada por me trazer até aqui e que o ano de 2012 venha diferente!
abraços carinhosos
gi salmazi

André disse...

Prezada Gi, fico muito feliz em receber sua visita e seu comentário. A Norma e eu nos condoemos e oramos na época por você e sua família. Ficamos felizes em saber que você está se recuperando, ainda que de modo lento e doloroso, como não poderia deixar de ser. Que não percamos de vista que Deus tem poder para extrair o bem até dos piores males. Nosso desejo é que Ele esteja executando planos maravilhosos para você, seu marido e, quem sabe, filhos também.

Um grande abraço, e Feliz Natal!