Neste post farei alguns comentários sobre o oitavo capítulo do já mencionado livro do filósofo francês Jean-François Revel, Nem Marx nem Jesus. O capítulo se chama O terror bimilenarista e o fim da "política externa", e não tenho pretensão alguma de fazer dele uma apreciação exaustiva ou completa. Apenas direi o que penso sobre algumas considerações feitas pelo autor ao longo dessa parte do livro. É aqui que Revel defende a importância primária do estabelecimento de um governo mundial para o prosseguimento das conquistas revolucionárias que ainda restam por alcançar. No próximo post farei alguns complementos ao que será dito neste.
Revel começa dizendo que a revolução mundial deve se capaz de resolver os principais problemas do século XX (não nos esqueçamos de que o livro foi escrito em 1970), e isso inclui, por exemplo, "suprimir o risco de suicídio atômico, desarmar e pôr fim às guerras, planejar a natalidade, igualar os níveis de vida, proteger e explorar as energias acessíveis aos terrestres, dentro de um plano único de distribuição e desenvolvimento". E acrescenta em seguida: "Problemas insolúveis, senão em escala planetária e através de um governo mundial - e basta essa enumeração inicial para prová-lo".
Para mim, o problema começa aqui. Não creio que enumerar os problemas acima baste para provar coisa alguma. Do fato de existirem problemas que afetam muitos países, ou mesmo todos eles, não se segue de modo algum que seja necessário um governo mundial para resolvê-los. No máximo - e mesmo isso é discutível -, prova que a solução exige um esforço de cooperação, o que não é necessariamente a mesma coisa que governo mundial. A argumentação de Revel começou, portanto, bem pouco argumentativa.
É necessário, contudo, entender qual é a essência do argumento de Revel. Ele vê a existência de nações independentes como o mal supremo da era atual, pois o entrave à resolução dos grandes problemas da humanidade reside na "política externa". "A política exterior é guerra, no sentido de não haver política exterior plausível sem que ela comporte uma ameaça de guerra". Os interesses conflitantes dos Estados em luta pelo poder são a causa da incapacidade de uma cooperação mútua irrestrita em benefício de suas respectivas populações. Revel gasta cerca de duas páginas descrevendo os gastos exorbitantes dos Estados com recursos militares que seriam supérfluos se não existissem outras nações a ameaçá-los, recursos esses que, nessas circunstâncias, poderiam ser empregados em causas mais úteis.
A força retórica do argumento de Revel reside na analogia traçada por ele entre indivíduos e nações: assim como o Estado e suas instituições são necessários para combater a anarquia e a lei do mais forte entre os indivíduos, também uma autoridade superior é necessária para arbitrar as relações internacionais. O governo mundial seria o próximo passo natural, estendendo ao plano internacional o fim da selvageria e início da civilização de que já desfruta boa parte da humanidade, com todos os benefícios que isso acarreta.
Essa argumentação soa muito sensata, mas não me convence. Parece-me, ao contrário, que aqui o autor cede à insensatez caracteristicamente revolucionária que ele próprio denuncia frequentemente ao longo de todo o livro, e que consiste em inebriar-se com os méritos de seus sonhos e desconsiderar os riscos inerentes às propostas que buscam concretizá-los. Tentarei explicar em poucas palavras quais são eles, no meu entender.
O principal problema envolvido nessa proposta foi resumido por mim numa postagem anterior. Eu havia lido o livro Como vejo o mundo, de Albert Einstein, em que também há passagens defendendo o governo mundial em bases semelhantes às de Revel, embora com muito menor inteligência. Escrevi, portanto: "Pessoas que, como Einstein, pensam que um governo mundial seria a única solução contra a opressão de algumas nações por outras parecem jamais pensar em se precaver contra a possibilidade de o próprio governo mundial oprimi-las todas". Revel é uma dessas pessoas. E esse fato chega a ser algo surpreendente, pois poucas pessoas - sobretudo entre as que acham que revoluções podem ser coisas ótimas - parecem ter uma consciência tão aguda dos danos irreversíveis causados por um governo opressor. Já nas páginas iniciais do capítulo seguinte, o filósofo afirma: "A experiência mostra que não há revolução interna possível num regime totalitário e que tais regimes, geralmente, só caem quando se verifica um cataclismo militar nascido de fora". (O livro é bem anterior à Perestroika, mas não me parece, de qualquer forma, que esse importante evento histórico constitua uma exceção à afirmação de Revel, já que a Perestroika foi, a rigor, mera mudança estratégica.) E, convicto de que a autêntica revolução só pode vir de países que desfrutam das liberdades democráticas, assevera que "a ausência de democracia política destrói as próprias condições da democracia econômica. Em outras palavras, a segunda revolução mundial só poderá ocorrer nos países que conseguiram realizar a primeira". (A primeira revolução mundial a que Revel se refere foi a ocorrida no século XVIII na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos.) Aliás, o título do nono capítulo já diz tudo: Pode-se ir da liberdade ao socialismo, mas não do socialismo à liberdade.
Supondo que o governo mundial se torne tão totalitário quanto os governos comunistas ou fascistas, quem é que vai tirá-los dessa situação e restituir a liberdade aos terráqueos? Essa tarefa só poderá caber a alienígenas caridosos, já que, segundo o próprio Revel, o totalitarismo não pode ser subvertido a partir de dentro. Hoje em dia, os oprimidos politicamente (ou mesmo só economicamente) pelos diversos regimes ditatoriais têm a opção, embora arriscada, de buscar refúgio nos países livres. Mas se o mundo todo se converter em um único país ditatorial, em que planeta serão acolhidos os dissidentes e miseráveis em fuga? É curioso que Revel não seja capaz de enxergar os efeitos positivos da divisão de forças no plano internacional. É ainda mais estranho que ele, na qualidade de crítico ferrenho dos regimes comunistas como frutos de falsas revoluções - falsas por erigirem um beco sem saída, por tornarem impossível qualquer progresso ulterior, e isso justamente como consequência direta da supressão da liberdade -, não veja que um totalitarismo mundial representaria o fim de todo progresso revolucionário do tipo que ele considera autêntico. Sua primeira preocupação, portanto, deveria ser a de proporcionar garantias de que o Estado mundial pudesse colocar-se acima do risco de sucumbir ao totalitarismo. Ao que parece, contudo, tal possibilidade jamais lhe passa pela cabeça. Isso se nota, inclusive, no momento em que ele chega mais perto de dar-se conta dos riscos:
"Mas pressinto a objeção: dir-se-á que toda soberania internacional ocultará relações de dominação, exatamente como a igualdade jurídica dos cidadãos nas nações atuais. Eu respondo que sim. E respondo também que se trata de uma objeção estúpida, fundada na confusão de vários fenômenos diversos: será, por acaso, por existirem injustiças sociais em nossa sociedade, que é mau e supérfluo não poder eu impunemente cometer um assassínio ou fazer explodir meu edifício com todos os seus moradores? Assim como a sociedade civil, a soberania mundial não é condição suficiente, mas é certamente condição necessária de segurança."
Nota-se, pois, que o pior destino que Revel consegue imaginar para seu tão sonhado governo mundial é a reprodução em escala ampliada da situação presente nos Estados nacionais que ele considera, apesar de tudo, os melhores existentes. A possibilidade de uma degeneração posterior irreversível não lhe ocorre jamais; muito menos a ascensão de um governo mundial já degenerado. Mas com que direito faz ele suposições tão otimistas? Em que bases deveríamos aceitar que um governo mundial é menos passível de corrupção que um governo local? Até onde posso ver, a hipótese contrária é muito mais plausível: não pode haver totalitarismo em pequenas aldeias de cem ou mil pessoas. Isso só é possível com recursos vastos, em situações nas quais os governantes podem permanecer distanciados dos governados. Um Estado cujos domínios abrangessem todo o globo, em que os governantes pudessem deliberar sobre o destino de bilhões que vivem a dezenas de milhares de quilômetros, e sem o risco da intervenção de inimigos externos, ofereceria as condições ideais para os frutos perversos da pior ditadura já vista.
Devo acrescentar também que não me parece plausível a suposição de que o governo mundial reduziria significativamente os gastos militares, já que não é sensato esperar que todos os grupos políticos, étnicos, culturais e religiosos se submetam pacificamente ao seu domínio. Ainda que, como disse Revel, um regime totalitário só possa ser derrubado de fora, não há revolução isenta de inimigos internos, que usualmente fazem um certo estrago e depois são militarmente esmagados. Até a Revolução Francesa, que Revel tanto admira, enfrentou a oposição de amplos segmentos populares e teve de debelá-los da maneira menos pacífica possível. O que não falta na história dos movimentos revolucionários são expurgos resultantes de dissidências internas do próprio movimento. Não há, pois, garantia alguma de que um governo centralizado se comporte de modo diferente só por ser mundial.
O problema, em suma, é que Revel não seguiu sua própria analogia até o fim. Se o papel dos Estados nacionais é propiciar um equilíbrio de forças entre os cidadãos, de modo que nenhum tenha poder de sobra para oprimir os demais, o papel da política internacional não pode ser o de centralizar todas as decisões, suprimindo a autonomia dos Estados, ou mesmo a própria existência deles. Revel é perfeitamente inconsequente em suas soluções propostas para o mundo.
Revel começa dizendo que a revolução mundial deve se capaz de resolver os principais problemas do século XX (não nos esqueçamos de que o livro foi escrito em 1970), e isso inclui, por exemplo, "suprimir o risco de suicídio atômico, desarmar e pôr fim às guerras, planejar a natalidade, igualar os níveis de vida, proteger e explorar as energias acessíveis aos terrestres, dentro de um plano único de distribuição e desenvolvimento". E acrescenta em seguida: "Problemas insolúveis, senão em escala planetária e através de um governo mundial - e basta essa enumeração inicial para prová-lo".
Para mim, o problema começa aqui. Não creio que enumerar os problemas acima baste para provar coisa alguma. Do fato de existirem problemas que afetam muitos países, ou mesmo todos eles, não se segue de modo algum que seja necessário um governo mundial para resolvê-los. No máximo - e mesmo isso é discutível -, prova que a solução exige um esforço de cooperação, o que não é necessariamente a mesma coisa que governo mundial. A argumentação de Revel começou, portanto, bem pouco argumentativa.
É necessário, contudo, entender qual é a essência do argumento de Revel. Ele vê a existência de nações independentes como o mal supremo da era atual, pois o entrave à resolução dos grandes problemas da humanidade reside na "política externa". "A política exterior é guerra, no sentido de não haver política exterior plausível sem que ela comporte uma ameaça de guerra". Os interesses conflitantes dos Estados em luta pelo poder são a causa da incapacidade de uma cooperação mútua irrestrita em benefício de suas respectivas populações. Revel gasta cerca de duas páginas descrevendo os gastos exorbitantes dos Estados com recursos militares que seriam supérfluos se não existissem outras nações a ameaçá-los, recursos esses que, nessas circunstâncias, poderiam ser empregados em causas mais úteis.
A força retórica do argumento de Revel reside na analogia traçada por ele entre indivíduos e nações: assim como o Estado e suas instituições são necessários para combater a anarquia e a lei do mais forte entre os indivíduos, também uma autoridade superior é necessária para arbitrar as relações internacionais. O governo mundial seria o próximo passo natural, estendendo ao plano internacional o fim da selvageria e início da civilização de que já desfruta boa parte da humanidade, com todos os benefícios que isso acarreta.
Essa argumentação soa muito sensata, mas não me convence. Parece-me, ao contrário, que aqui o autor cede à insensatez caracteristicamente revolucionária que ele próprio denuncia frequentemente ao longo de todo o livro, e que consiste em inebriar-se com os méritos de seus sonhos e desconsiderar os riscos inerentes às propostas que buscam concretizá-los. Tentarei explicar em poucas palavras quais são eles, no meu entender.
O principal problema envolvido nessa proposta foi resumido por mim numa postagem anterior. Eu havia lido o livro Como vejo o mundo, de Albert Einstein, em que também há passagens defendendo o governo mundial em bases semelhantes às de Revel, embora com muito menor inteligência. Escrevi, portanto: "Pessoas que, como Einstein, pensam que um governo mundial seria a única solução contra a opressão de algumas nações por outras parecem jamais pensar em se precaver contra a possibilidade de o próprio governo mundial oprimi-las todas". Revel é uma dessas pessoas. E esse fato chega a ser algo surpreendente, pois poucas pessoas - sobretudo entre as que acham que revoluções podem ser coisas ótimas - parecem ter uma consciência tão aguda dos danos irreversíveis causados por um governo opressor. Já nas páginas iniciais do capítulo seguinte, o filósofo afirma: "A experiência mostra que não há revolução interna possível num regime totalitário e que tais regimes, geralmente, só caem quando se verifica um cataclismo militar nascido de fora". (O livro é bem anterior à Perestroika, mas não me parece, de qualquer forma, que esse importante evento histórico constitua uma exceção à afirmação de Revel, já que a Perestroika foi, a rigor, mera mudança estratégica.) E, convicto de que a autêntica revolução só pode vir de países que desfrutam das liberdades democráticas, assevera que "a ausência de democracia política destrói as próprias condições da democracia econômica. Em outras palavras, a segunda revolução mundial só poderá ocorrer nos países que conseguiram realizar a primeira". (A primeira revolução mundial a que Revel se refere foi a ocorrida no século XVIII na Inglaterra, na França e nos Estados Unidos.) Aliás, o título do nono capítulo já diz tudo: Pode-se ir da liberdade ao socialismo, mas não do socialismo à liberdade.
Supondo que o governo mundial se torne tão totalitário quanto os governos comunistas ou fascistas, quem é que vai tirá-los dessa situação e restituir a liberdade aos terráqueos? Essa tarefa só poderá caber a alienígenas caridosos, já que, segundo o próprio Revel, o totalitarismo não pode ser subvertido a partir de dentro. Hoje em dia, os oprimidos politicamente (ou mesmo só economicamente) pelos diversos regimes ditatoriais têm a opção, embora arriscada, de buscar refúgio nos países livres. Mas se o mundo todo se converter em um único país ditatorial, em que planeta serão acolhidos os dissidentes e miseráveis em fuga? É curioso que Revel não seja capaz de enxergar os efeitos positivos da divisão de forças no plano internacional. É ainda mais estranho que ele, na qualidade de crítico ferrenho dos regimes comunistas como frutos de falsas revoluções - falsas por erigirem um beco sem saída, por tornarem impossível qualquer progresso ulterior, e isso justamente como consequência direta da supressão da liberdade -, não veja que um totalitarismo mundial representaria o fim de todo progresso revolucionário do tipo que ele considera autêntico. Sua primeira preocupação, portanto, deveria ser a de proporcionar garantias de que o Estado mundial pudesse colocar-se acima do risco de sucumbir ao totalitarismo. Ao que parece, contudo, tal possibilidade jamais lhe passa pela cabeça. Isso se nota, inclusive, no momento em que ele chega mais perto de dar-se conta dos riscos:
"Mas pressinto a objeção: dir-se-á que toda soberania internacional ocultará relações de dominação, exatamente como a igualdade jurídica dos cidadãos nas nações atuais. Eu respondo que sim. E respondo também que se trata de uma objeção estúpida, fundada na confusão de vários fenômenos diversos: será, por acaso, por existirem injustiças sociais em nossa sociedade, que é mau e supérfluo não poder eu impunemente cometer um assassínio ou fazer explodir meu edifício com todos os seus moradores? Assim como a sociedade civil, a soberania mundial não é condição suficiente, mas é certamente condição necessária de segurança."
Nota-se, pois, que o pior destino que Revel consegue imaginar para seu tão sonhado governo mundial é a reprodução em escala ampliada da situação presente nos Estados nacionais que ele considera, apesar de tudo, os melhores existentes. A possibilidade de uma degeneração posterior irreversível não lhe ocorre jamais; muito menos a ascensão de um governo mundial já degenerado. Mas com que direito faz ele suposições tão otimistas? Em que bases deveríamos aceitar que um governo mundial é menos passível de corrupção que um governo local? Até onde posso ver, a hipótese contrária é muito mais plausível: não pode haver totalitarismo em pequenas aldeias de cem ou mil pessoas. Isso só é possível com recursos vastos, em situações nas quais os governantes podem permanecer distanciados dos governados. Um Estado cujos domínios abrangessem todo o globo, em que os governantes pudessem deliberar sobre o destino de bilhões que vivem a dezenas de milhares de quilômetros, e sem o risco da intervenção de inimigos externos, ofereceria as condições ideais para os frutos perversos da pior ditadura já vista.
Devo acrescentar também que não me parece plausível a suposição de que o governo mundial reduziria significativamente os gastos militares, já que não é sensato esperar que todos os grupos políticos, étnicos, culturais e religiosos se submetam pacificamente ao seu domínio. Ainda que, como disse Revel, um regime totalitário só possa ser derrubado de fora, não há revolução isenta de inimigos internos, que usualmente fazem um certo estrago e depois são militarmente esmagados. Até a Revolução Francesa, que Revel tanto admira, enfrentou a oposição de amplos segmentos populares e teve de debelá-los da maneira menos pacífica possível. O que não falta na história dos movimentos revolucionários são expurgos resultantes de dissidências internas do próprio movimento. Não há, pois, garantia alguma de que um governo centralizado se comporte de modo diferente só por ser mundial.
O problema, em suma, é que Revel não seguiu sua própria analogia até o fim. Se o papel dos Estados nacionais é propiciar um equilíbrio de forças entre os cidadãos, de modo que nenhum tenha poder de sobra para oprimir os demais, o papel da política internacional não pode ser o de centralizar todas as decisões, suprimindo a autonomia dos Estados, ou mesmo a própria existência deles. Revel é perfeitamente inconsequente em suas soluções propostas para o mundo.
6 comentários:
Querido André,
Muito bom! E tenho a sensação de que esse assunto (governo mundial) ganhará cada vez mais importância nos próximos anos. Temo que os cristãos não consigam perceber isso...
Beijos!
"Revel é perfeitamente inconsequente em suas soluções propostas para o mundo."
Acho "perfeitamente" deslocado. Certo que ele deixou de fora a consideração de que um governo mundial também pode ser totalitário. Mas isso não implica ser "perfeitamente" inconsequente. A menos que, no livro todo, a única proposta dele para o mundo seja essa. É?
Oi, Norma!
Está ganhando, infelizmente. hehe
Beijos!
Oi, Melancia!
Na verdade, é sim. Revel deixa claro que, na opinião dele, só o governo mundial poderá resolver os grandes problemas da humanidade. O restante do livro não propõe outras soluções; apenas expõe diversos aspectos do problema e explica de onde (geograficamente e culturalmente) ele acha que a solução virá. De modo que Revel só consegue ver o governo mundial como fonte de soluções, não de problemas. Daí sua perfeita inconsequência.
Abraços!
E ai André, tudo bem?
Acredito que com o uso da internet será possível reduzir drasticamente a corrupção de qualquer governo, mundial ou não.
Considerando o caso da União Européia, a queda de fronteiras também será um processo pacífico, apesar de extremamente lento. Isso não levaria a queda dos gastos com recursos militares?
abraço
Olá, Fortes! Aqui está tudo bem, sim. Espero que aí também.
Não vejo de que maneira a internet pode reduzir a corrupção de qualquer governo, mundial ou não. Pra mim, isso é coisa de ficção científica, literalmente. Arthur Clarke apresentou uma ideia bem parecida no 3001, o último volume de sua tetralogia.
No caso do governo mundial, acho mais difícil ainda impedir a corrupção, por duas razões. A primeira é que os principais interessados em implantá-lo estão entre as pessoas mais corruptas do mundo: um bando de bilionários americanos e europeus. E a segunda está explicada na continuação deste post. Tem a ver com a Uniao Europeia, inclusive.
Não sei detalhes sobre como os já menionados bilionários globalistas pretendem implantar seu governo mundial entre os países islâmicos, as infinitas facções políticas e tribais da África e outros lugares onde as culturas tradicionais ainda representam uma força política significativa. Mas, a julgar pelo que aconteceu na Revolução Francesa, por exemplo, acredito que não será de modo tão pacífico quanto tem sido na Europa, que cede gentilmente apenas por já não ter força cultural para fazer alguma outra coisa. Além do mais, há sempre o risco de os futuros donos do mundo discordarem entre si de maneira irreconciliável. Por tudo isso, não sou muito otimista quanto à redução de gastos militares, mesmo nessas condições. E, ainda que essa redução aconteça, quando analiso os prós e os contras, não acho que seja um preço que valha a pena pagar.
Abraços!
Olá!
conheces esta proposta contra a Nova Ordem Mundial?
[http://encontronacionalevoliano.com.br/?p=48]
[]s
André
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