Em janeiro do ano passado publiquei o texto Areias invasoras, no qual fiz minhas considerações sobre a obra de J. P. Meier acerca do Jesus histórico. No post Briguinha na areia, publicado em janeiro deste ano, tratei do segundo comentário que recebi a esse post - o qual, na verdade, não se referia a coisa alguma que eu tivesse dito. Agora lidarei com o primeiro comentário, recebido menos de três horas após a publicação do próprio texto, e que é, sem dúvida alguma, muito mais digno de atenção. Seu autor é o André Luiz, um velho amigo virtual a quem já me referi diversas vezes neste blog. Seu comentário, ao mesmo tempo em que expunha uma visão algo discordante, dava ensejo a várias interessantes considerações adicionais. Assim, embora demorando pouco mais de dois meses, enviei-lhe enfim um e-mail contendo minha resposta ao seu comentário. O objetivo do e-mail era múltiplo: esclarecer alguns pontos que tive a impressão de terem sido mal compreendidos, justificar minhas posições quanto aos desacordos restantes e aprofundar um pouco as reflexões do post segundo as linhas sugeridas pelo comentário.
No dia seguinte, recebi um e-mail do André que, entretanto, não continha exatamente uma continuação da conversa, e sim a indicação de um texto que, embora não tratasse do mesmo assunto, tinha vários pontos de contato com o tema em pauta. Falando mais precisamente, o texto era uma interessante carta escrita pelo padre Serafim Rose, nome célebre da Igreja Ortodoxa do século XX, discorrendo sobre o entendimento apropriado da criação do mundo e das teorias evolucionárias segundo a doutrina ortodoxa. Muitos temas entram nessa discussão: o ensinamento patrístico sobre as origens, a atitude correta do fiel ortodoxo diante da tradição, da ciência moderna, da filosofia e do racionalismo ocidental. Não é difícil ver a conexão entre o conteúdo da carta e o teor do comentário do André, bem como de minha resposta. Mas não me estenderei em comentários sobre essa carta, visto que meu interlocutor disse que daria continuidade à conversa algum dia. Sei que o André é muito ocupado, e cabe-lhe responder quando e se julgar conveniente. Mas até acho bom que ele ainda não o tenha feito, pois com o passar do tempo tornei-me progressivamente insatisfeito com a resposta que lhe enviei. Ela padece de várias imperfeições, e é por isso mesmo que não me limito a transcrever a mensagem aqui, como fiz em outras ocasiões.
Tendo escrito o post sem ter o livro em mãos, acabei me esquecendo de mencionar um fato que serviria como ótimo atalho para o cerne de minha crítica. Felizmente, o André me lembrou desse fato em seu comentário. É o seguinte: o autor nos pede, logo no início da obra, que imaginemos um católico, um protestante, um judeu e um agnóstico incumbidos da árdua tarefa de, trancados num cômodo por tempo indeterminado e munidos de todas as evidências históricas disponíveis, chegar a um acordo sobre quem foi Jesus, de acordo com elas. Assim, depois de intensos debates, permaneceria no relatório a ser apresentado por esses quatro senhores apenas o que há de objetivamente histórico, pois as predisposições de cada um seriam contrabalançadas pelas dos demais. É a isso que se dá o nome de "critério do consenso". O André tem toda a razão quando diz que esse consenso "só pode ser obtido por concessões cada vez maiores à modernidade e ao ceticismo em prejuízo da tradição". (Creio que ele usa esse último termo por caber melhor à sua posição ortodoxa oriental e guénoniana, mas não é difícil ver em que sentido ela pode ser endossada pelo protestantismo conservador. Afinal, estamos falando da validade histórica da própria Bíblia; ou, melhor dizendo, de partes dela.) Pois, conforme afirmei em outras palavras no texto anterior, o que transparece ao longo da obra é que Meier está mais preocupado em agradar os agnósticos que os católicos, protestantes e judeus. Creio que é ainda mais exato dizer que Meier está interessado em produzir um consenso apenas entre os agnósticos e os representantes mais liberais do catolicismo, do protestantismo e do judaísmo, justamente porque esses têm em comum com o agnosticismo muitos pressupostos que conflitam com o catolicismo, o protestantismo e o judaísmo tradicionais. Tanto é assim que atingir um consenso entre agnósticos e religiosos liberais é muito mais fácil que alcançar acordo entre estes e os religiosos conservadores (ou fundamentalistas, em qualquer acepção do termo que se prefira).
Por tudo isso, o critério do consenso é uma farsa e uma pura e simples impossibilidade lógica, e não é digno do nome que possui, pois o consenso em questão é tal que só pede a opinião de um grupinho seleto que concordou de antemão em adotar certos pressupostos. E uma leitura atenta do livro deixa claro que um consenso autêntico não é sequer tentado. Apontei evidências disso no primeiro texto, e agora mencionarei mais alguns casos. Ao negar a historicidade da concepção virginal, por exemplo, Meier contraria frontalmente e sem qualquer inibição os segmentos conservadores do protestantismo e do catolicismo. Mas, já prevendo protestos, adverte que está apenas tentando ser fiel à objetividade requerida pela ciência histórica, a qual exige que sejam desconsiderados os argumentos teológicos. Fica claro, portanto, que em sua opinião a evidência histórica é contrária ao dogma da concepção virginal, de modo que os que creem nele devem admitir os fatos e ficar em silêncio. Da mesma forma, Meier analisa as passagens sobre a infância de Cristo e conclui que a evidência pesa em favor de seu nascimento em Nazaré, e não em Belém. Porém, quando a evidência aponta em outra direção, a atitude de Meier é sutilmente diferente dessa. Ele demonstra, por exemplo, que há boas razões para crer que Jesus tinha fama de realizador de milagres. Mas, pergunta o autor, isso prova que ele realizou milagres? De modo algum, ele responde. Prova apenas que Jesus era conhecido como milagreiro.
Está claro? Jesus não necessariamente realizou milagres; a ciência histórica permite apenas afirmar que isso é o que muita gente pensava que ocorria. Mas ele não apenas tinha fama de ter nascido em Nazaré. A ciência histórica permite afirmar que ele de fato, muito provavelmente, nasceu lá. Qual a razão de tal diferença de tratamento? É que há católicos e protestantes que podem admitir que Jesus não nasceu de uma virgem ou que não nasceu em Belém: são os liberais (e neo-ortodoxos, que não julgo útil distinguir dos liberais no presente contexto). Mas não há agnóstico que possa admitir que Jesus realizou um milagre, nem mesmo a cura de uma pulga ou a ressurreição de uma formiga. Isso acabaria com suas eternas dúvidas sobre a existência ou não do sobrenatural. Há situações, porém, em que um meio termo consensual, mesmo flagrantemente fajuto como nesses casos, é muito mais difícil de ser atingido. A questão da historicidade da ressurreição é um deles: uma resposta afirmativa feriria as sensibilidades dos agnósticos e de muitos judeus, enquanto que uma negativa poderia parecer excessiva até para certos cristãos que são liberais, mas nem tanto. O que faz Meier diante desse impasse? Resolve simplesmente declarar que tal questão está fora do alcance da investigação histórica, assumindo sem fundamentação alguma uma postura cuja validade não só está muito longe de ser óbvia, mas ainda é facilmente criticável, visto que as implicações das duas alternativas para o desenrolar da história são tão opostas entre si que não é difícil imaginar uma maneira de investigá-las historicamente. É para impedir tais desconfortos e desavenças que existe o critério do consenso.
Todas as considerações feitas acima referem-se exclusivamente ao aspecto prático: defendo que o consenso autêntico é impossível, e que isso é confirmado pelo fato de que o próprio Meier, apesar do que afirma, não lhe atribui importância alguma. Mas convém analisar também a questão sob outro ponto de vista, que é o de sua adequação como método de investigação histórica. Meier quer (ou finge querer) que seu método de investigação histórica seja tão livre quanto possível de quaisquer pressupostos filosóficos e teológicos. Entretanto, o próprio critério do consenso, que orienta todo o esforço investigativo, traz em si o pressuposto de que o protestantismo, o catolicismo, o judaísmo e o agnosticismo são posturas igualmente compatíveis com a evidência histórica disponível sobre Jesus. Trata-se de um pressuposto inteiramente gratuito, mas metodologicamente bem aceito pela Academia: todo argumento que tenha o mais leve potencial apologético deve ser posto de lado, por mais objetivo que seja. Todo mundo tem o direito de participar do debate sem ver suas convicções teológicas contrariadas - exceto, é claro, os cristãos teologicamente conservadores, que jamais têm direito a coisa alguma. (Utilizo aqui o termo "conservadores" em sentido amplo, para designar toda linha de pensamento que se oponha simultaneamente ao racionalismo da modernidade e ao irracionalismo da pós-modernidade.) Ou seja, o Jesus histórico tem de ser tal que não obrigue ninguém a mudar de opinião ou de atitude quanto às questões fundamentais da vida.
Convém ter isso tudo em mente para se entender o que eu quis dizer quando dei a entender que a postura de Meier impossibilita que se atinja um "retrato consistente do Jesus histórico". Considero essa postura inconsistente, embora ela possa ser predominante na Academia, justamente porque privilegia o consenso em detrimento da verdade. O André afirmou que a consistência do Jesus histórico assim obtido não é prejudicada em nada pelas minhas considerações. Mas eu não estava falando da consistência entre as opiniões dos representantes das "diversas" correntes secularistas, e sim da consistência com os fatos, com a realidade histórica que é alvo de toda essa investigação. E essa realidade é colocada em segundo plano, forçada artificialmente a se submeter a um critério não exigido por ela mesma.
Bem, mas com isso tudo só lidei com um dos comentários do André: o terceiro. O segundo não exige resposta, visto que não expressa nenhum desacordo. No próximo post, portanto, prosseguirei passando ao primeiro e ao último. Mas não sei quando terei tempo de escrevê-lo. Pode ser que demore um pouco, e provavelmente tratarei de outros assuntos antes de retornar a este.
No dia seguinte, recebi um e-mail do André que, entretanto, não continha exatamente uma continuação da conversa, e sim a indicação de um texto que, embora não tratasse do mesmo assunto, tinha vários pontos de contato com o tema em pauta. Falando mais precisamente, o texto era uma interessante carta escrita pelo padre Serafim Rose, nome célebre da Igreja Ortodoxa do século XX, discorrendo sobre o entendimento apropriado da criação do mundo e das teorias evolucionárias segundo a doutrina ortodoxa. Muitos temas entram nessa discussão: o ensinamento patrístico sobre as origens, a atitude correta do fiel ortodoxo diante da tradição, da ciência moderna, da filosofia e do racionalismo ocidental. Não é difícil ver a conexão entre o conteúdo da carta e o teor do comentário do André, bem como de minha resposta. Mas não me estenderei em comentários sobre essa carta, visto que meu interlocutor disse que daria continuidade à conversa algum dia. Sei que o André é muito ocupado, e cabe-lhe responder quando e se julgar conveniente. Mas até acho bom que ele ainda não o tenha feito, pois com o passar do tempo tornei-me progressivamente insatisfeito com a resposta que lhe enviei. Ela padece de várias imperfeições, e é por isso mesmo que não me limito a transcrever a mensagem aqui, como fiz em outras ocasiões.
Tendo escrito o post sem ter o livro em mãos, acabei me esquecendo de mencionar um fato que serviria como ótimo atalho para o cerne de minha crítica. Felizmente, o André me lembrou desse fato em seu comentário. É o seguinte: o autor nos pede, logo no início da obra, que imaginemos um católico, um protestante, um judeu e um agnóstico incumbidos da árdua tarefa de, trancados num cômodo por tempo indeterminado e munidos de todas as evidências históricas disponíveis, chegar a um acordo sobre quem foi Jesus, de acordo com elas. Assim, depois de intensos debates, permaneceria no relatório a ser apresentado por esses quatro senhores apenas o que há de objetivamente histórico, pois as predisposições de cada um seriam contrabalançadas pelas dos demais. É a isso que se dá o nome de "critério do consenso". O André tem toda a razão quando diz que esse consenso "só pode ser obtido por concessões cada vez maiores à modernidade e ao ceticismo em prejuízo da tradição". (Creio que ele usa esse último termo por caber melhor à sua posição ortodoxa oriental e guénoniana, mas não é difícil ver em que sentido ela pode ser endossada pelo protestantismo conservador. Afinal, estamos falando da validade histórica da própria Bíblia; ou, melhor dizendo, de partes dela.) Pois, conforme afirmei em outras palavras no texto anterior, o que transparece ao longo da obra é que Meier está mais preocupado em agradar os agnósticos que os católicos, protestantes e judeus. Creio que é ainda mais exato dizer que Meier está interessado em produzir um consenso apenas entre os agnósticos e os representantes mais liberais do catolicismo, do protestantismo e do judaísmo, justamente porque esses têm em comum com o agnosticismo muitos pressupostos que conflitam com o catolicismo, o protestantismo e o judaísmo tradicionais. Tanto é assim que atingir um consenso entre agnósticos e religiosos liberais é muito mais fácil que alcançar acordo entre estes e os religiosos conservadores (ou fundamentalistas, em qualquer acepção do termo que se prefira).
Por tudo isso, o critério do consenso é uma farsa e uma pura e simples impossibilidade lógica, e não é digno do nome que possui, pois o consenso em questão é tal que só pede a opinião de um grupinho seleto que concordou de antemão em adotar certos pressupostos. E uma leitura atenta do livro deixa claro que um consenso autêntico não é sequer tentado. Apontei evidências disso no primeiro texto, e agora mencionarei mais alguns casos. Ao negar a historicidade da concepção virginal, por exemplo, Meier contraria frontalmente e sem qualquer inibição os segmentos conservadores do protestantismo e do catolicismo. Mas, já prevendo protestos, adverte que está apenas tentando ser fiel à objetividade requerida pela ciência histórica, a qual exige que sejam desconsiderados os argumentos teológicos. Fica claro, portanto, que em sua opinião a evidência histórica é contrária ao dogma da concepção virginal, de modo que os que creem nele devem admitir os fatos e ficar em silêncio. Da mesma forma, Meier analisa as passagens sobre a infância de Cristo e conclui que a evidência pesa em favor de seu nascimento em Nazaré, e não em Belém. Porém, quando a evidência aponta em outra direção, a atitude de Meier é sutilmente diferente dessa. Ele demonstra, por exemplo, que há boas razões para crer que Jesus tinha fama de realizador de milagres. Mas, pergunta o autor, isso prova que ele realizou milagres? De modo algum, ele responde. Prova apenas que Jesus era conhecido como milagreiro.
Está claro? Jesus não necessariamente realizou milagres; a ciência histórica permite apenas afirmar que isso é o que muita gente pensava que ocorria. Mas ele não apenas tinha fama de ter nascido em Nazaré. A ciência histórica permite afirmar que ele de fato, muito provavelmente, nasceu lá. Qual a razão de tal diferença de tratamento? É que há católicos e protestantes que podem admitir que Jesus não nasceu de uma virgem ou que não nasceu em Belém: são os liberais (e neo-ortodoxos, que não julgo útil distinguir dos liberais no presente contexto). Mas não há agnóstico que possa admitir que Jesus realizou um milagre, nem mesmo a cura de uma pulga ou a ressurreição de uma formiga. Isso acabaria com suas eternas dúvidas sobre a existência ou não do sobrenatural. Há situações, porém, em que um meio termo consensual, mesmo flagrantemente fajuto como nesses casos, é muito mais difícil de ser atingido. A questão da historicidade da ressurreição é um deles: uma resposta afirmativa feriria as sensibilidades dos agnósticos e de muitos judeus, enquanto que uma negativa poderia parecer excessiva até para certos cristãos que são liberais, mas nem tanto. O que faz Meier diante desse impasse? Resolve simplesmente declarar que tal questão está fora do alcance da investigação histórica, assumindo sem fundamentação alguma uma postura cuja validade não só está muito longe de ser óbvia, mas ainda é facilmente criticável, visto que as implicações das duas alternativas para o desenrolar da história são tão opostas entre si que não é difícil imaginar uma maneira de investigá-las historicamente. É para impedir tais desconfortos e desavenças que existe o critério do consenso.
Todas as considerações feitas acima referem-se exclusivamente ao aspecto prático: defendo que o consenso autêntico é impossível, e que isso é confirmado pelo fato de que o próprio Meier, apesar do que afirma, não lhe atribui importância alguma. Mas convém analisar também a questão sob outro ponto de vista, que é o de sua adequação como método de investigação histórica. Meier quer (ou finge querer) que seu método de investigação histórica seja tão livre quanto possível de quaisquer pressupostos filosóficos e teológicos. Entretanto, o próprio critério do consenso, que orienta todo o esforço investigativo, traz em si o pressuposto de que o protestantismo, o catolicismo, o judaísmo e o agnosticismo são posturas igualmente compatíveis com a evidência histórica disponível sobre Jesus. Trata-se de um pressuposto inteiramente gratuito, mas metodologicamente bem aceito pela Academia: todo argumento que tenha o mais leve potencial apologético deve ser posto de lado, por mais objetivo que seja. Todo mundo tem o direito de participar do debate sem ver suas convicções teológicas contrariadas - exceto, é claro, os cristãos teologicamente conservadores, que jamais têm direito a coisa alguma. (Utilizo aqui o termo "conservadores" em sentido amplo, para designar toda linha de pensamento que se oponha simultaneamente ao racionalismo da modernidade e ao irracionalismo da pós-modernidade.) Ou seja, o Jesus histórico tem de ser tal que não obrigue ninguém a mudar de opinião ou de atitude quanto às questões fundamentais da vida.
Convém ter isso tudo em mente para se entender o que eu quis dizer quando dei a entender que a postura de Meier impossibilita que se atinja um "retrato consistente do Jesus histórico". Considero essa postura inconsistente, embora ela possa ser predominante na Academia, justamente porque privilegia o consenso em detrimento da verdade. O André afirmou que a consistência do Jesus histórico assim obtido não é prejudicada em nada pelas minhas considerações. Mas eu não estava falando da consistência entre as opiniões dos representantes das "diversas" correntes secularistas, e sim da consistência com os fatos, com a realidade histórica que é alvo de toda essa investigação. E essa realidade é colocada em segundo plano, forçada artificialmente a se submeter a um critério não exigido por ela mesma.
Bem, mas com isso tudo só lidei com um dos comentários do André: o terceiro. O segundo não exige resposta, visto que não expressa nenhum desacordo. No próximo post, portanto, prosseguirei passando ao primeiro e ao último. Mas não sei quando terei tempo de escrevê-lo. Pode ser que demore um pouco, e provavelmente tratarei de outros assuntos antes de retornar a este.
2 comentários:
Olá André, obrigado por me avisar da postagem. O retrato exposto é bem comum entre os que nos querem ver pelas costas. Alguns escondem a vontade, mas não deixam de tê-la.
Costumo dizer que entrar em consenso é como tentar convencer um peixe de que a fisga do anzol não machuca. Se ele acreditar, entrou em consenso com o pescador. O resto, a gente sabe. O inconveniente disso tudo é que sempre querem que sejamos o peixe.
O problema do homem está em entender que só existem dois caminhos, e ambos levam a Deus. A diferença está em que apenas um nos permite viver na presença Dele eternamente.
Os dois caminhos são a verdade e a perversão da verdade.
Fato é que não existe - nem tem como haver - consenso entre certo e errado, luz e escuridão, entre Cristo e o maligno.
Por isso disse Jesus "Quem comigo não ajunta, espalha".
É melhor ser quente do que um vômito fervente.
Abração
Olá, caro Euclides!
Ri muito com essa história do peixe. hehe Cabe a nós um esforço para, com a graça de Deus, produzir um consenso não invertido, no qual ocupemos nosso papel de pescadores de homens, como ordenou nosso Senhor.
Abraços!
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